Hipersensibilidade
aflora o cérebro pela vertigem ocular no ambiente mais imersivo do
LÁLÁ.
Ainda que se tente encontrar a síntese para o descritivo de uma obra-instalação nada é construído tão facilmente ao ponto de resumi-la em duas ou três palavras, principalmente quando esta invade um espaço múltiplo que cheira forte à construção de processos eternos, do corpo, alma e criação em coletivo.
Diria ainda que, adentrando este universo de frames
cinematográficos e grafismos urbanos em movimentos ondulares dá para ver, até na
luz do dia, projeções virtuais de hashtags subliminares que nos guiam
às influências nítidas de Rodrigo Weill, o artista. Ele que parece amar tanto a
Op Art, o Filme Noir, a Cultura Pop, o Surrealismo, a Glitch Art, tudo isso em
loop, nos deixa
livres para amar ou odiar cada centímetro da sua arte.
Pois, mesmo considerando que a sensação de pertencimento nos aproxima deste
caos, ela pode também criar um bloqueio imediato pela desordem que aparenta
porém, a verdade vai além das imagens quando podemos juntar tudo isso numa
caixa, sacudir até explodir em fractais P&B sob reflexos sutis do prisma
fluor de uma mente livre de preconceitos e outros medinhos.
Enjoy it!
Apenas uma visão por Andrea May, artista visual e curadora.
(Julho de 2014)