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Mostrando postagens de setembro, 2014

Rodrigo Weill no LÁLÁ Multiespaço

Hipersensibilidade aflora o cérebro pela vertigem ocular no ambiente mais imersivo do LÁLÁ. Ainda que se tente encontrar a síntese para o descritivo de uma obra-instalação nada é construído tão facilmente ao ponto de resumi-la em duas ou três palavras, principalmente quando esta invade um espaço múltiplo que cheira forte à construção de processos eternos, do corpo, alma e criação em coletivo. Diria ainda que, adentrando este universo de frames cinematográficos e grafismos urbanos em movimentos ondulares dá para ver, até na luz do dia, projeções virtuais de hashtags subliminares que nos guiam às influências nítidas de Rodrigo Weill, o artista. Ele que parece amar tanto a Op Art, o Filme Noir, a Cultura Pop, o Surrealismo, a Glitch Art, tudo isso em loop , nos deixa livres para amar ou odiar cada centímetro da sua arte. Pois, mesmo considerando que a sensação de pertencimento nos aproxima deste caos, ela pode também criar um bloqueio imediato pela desordem que

Davi Caramelo na RV Galeria de Arte

Olhando para a instalação da nostálgica gaiola contendo uma lágrima vazia, talvez a senha do livro no varal, acredito ainda mais na existência do não-lugar e do não-tempo como confirmação do pertencimento, a exemplo destes dois jovens crédulos de um sonho único sendo desfragmentado. Ecoa surround aos ouvidos de quem lê até em voz baixa os códigos secretos da poesia refinada de Ludmila Rodrigues pois já nos chega aos olhos em geometrismos casuais, colagens contrastantes com resíduos de preto, branco e memória no lirismo contemporâneo impresso por Davi Caramelo nas criações visuais cujas técnicas remixadas são como sinônimo da liberdade máxima. E, assim como uma pinhole, imagino esta exposição como uma maneira de ver o mundo real através de uma caixa escura e sem lente para depois se revelar pausada e intimamente a cada um de nós. Não importa se a mão é invisível quando já está traçado e, neste caso também escrito, o destino da arte.  Andrea May (Setembr

Anita Dominoni no Palacete das Artes

A partir da observação minuciosa dos protagonistas que habitam, silenciosamente expressivos, os territórios da acidez e do humor desfigurado inerentes ao surrealismo pop, posso ver, com mais clareza, como somos e agimos.   Homens, mulheres, crianças e animais, sozinhos ou em grupos, nos revezamos altruístas nas composições que beiram a banalização cotidiana, mas chocam na elegancia da simplicidade iconográfica. Tudo precisamente recortado e produzido com esmero, além do registro preciso, quase um fotograma sem riscos, danos ou sequer qualquer falsa apologia.  São apenas, mas não somente apenas retratos. São retratos, retratos, retratos... e poesia infinda! Assim, esta mostra nos apresenta o lado oculto da moeda mais cara (unidade de referência visual); aquele que, no jogo de sorte, raramente cai voltado para cima; a face que tem mais peso pelos valores agregados, pintados, rabiscados, sobrepostos, colados em papéis e telas. A arte de Anita Dominoni. Andrea May  (Fevereir