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Mostrando postagens de outubro, 2014

A arte de Fábio Sampaio

A urbe-arte sinaliza para mais além. Lá, onde a iconografia do cotidiano pinta em setas, lembranças, carimbos, mensagens e uma outra escala de outros valores atravessam nosso decodificador interno que começa a piscar. Frente à obra de Fábio Sampaio, acusa que ela é simplesmente simples.  Sua pintura se resolve com poucos traços, economiza tinta, desliza como água, traz luz e certezas do que nos cabe bem em um mundo cheio demais. Representações gráficas quase oníricas se desprendem das superfícies claras e brincam com nossa memória feito cartas enigmáticas. Elas nos contam alguns segredos e nos fazem pensar na ressignificação do coletivo, das misturas das classes, dos anseios que se divergem e se conectam em objetos utilitários comuns a todos nós. Sobreposições abstratas se entendem bem com geometrismos; cores não são mais primárias; alegorias de uma vida sob a ótica do design popular imbricado ao pensamento lúdico; apenas alguns regimentos estéticos de um artista disciplinado na

Catálogo Salões de Artes Visuais 2013/2014

Participar de uma comissão de seleção oportuniza vivências de sentidos diversos.   Pela interlocução imediata com outras linhas do pensamento artístico; pela conexão com os sentimentos imersos nas obras; pela sedução do novo; pelo respeito ao tradicional; pela busca deste equilíbrio, mesmo que se apresente insólito.   A experiência numa das edições dos Salões de Artes Visuais 2013/2014 não se resume apenas ao veredito final mas a todo processo desencadeado durante observação, percepção e justificativa das crenças pessoais de cada membro, ou seja, nos expomos simultaneamente aos artistas participantes.  E assim nos tornamos parte integrante de uma grande mostra coletiva onde a concorrência é apenas um detalhe. Andrea May Membro de Comissões de Seleção e Premiação

30 Anos da Escola de Dança da FUNCEB | Foyer do Teatro Castro Alves

Assistir o outro não significa apenas olhar para, e sim ajudar a realizar etapas de um sonho em construção. Este é, sem dúvida, o maior mérito da Escola de Dança da FUNCEB que há 30 anos vem sedimentando terrenos de fortes raízes pelo comprometimento social e cultural. Debruçada com afinco nos processos criativos individuais em prol do grande coletivo chamado “dança” dirige a sua atenção não à superfície dos resultados práticos, mas a todo contexto de efemeridades e adaptações dos seus jovens colaboradores, seus artistas _ sua inspiração maior para esta exposição comemorativa. A mostra apresenta uma síntese da paixão e respeito ao próximo, ao meio-ambiente e à memória do nosso Estado, reunindo em 3 núcleos: fotografias, figurinos e vídeos de ações realizadas nos últimos 8 anos. As fotografias, permeiam o ambiente cênico em jogos de luzes e sombras, corpos rígidos e maleáveis, meias e rasgões, realidade e ilusão. Os figurinos, na sua essência do reaproveitamento sustentáve