A urbe-arte sinaliza para mais além. Lá, onde a iconografia do cotidiano pinta em setas, lembranças, carimbos, mensagens e uma outra escala de outros valores atravessam nosso decodificador interno que começa a piscar. Frente à obra de Fábio Sampaio, acusa que ela é simplesmente simples. Sua pintura se resolve com poucos traços, economiza tinta, desliza como água, traz luz e certezas do que nos cabe bem em um mundo cheio demais. Representações gráficas quase oníricas se desprendem das superfícies claras e brincam com nossa memória feito cartas enigmáticas. Elas nos contam alguns segredos e nos fazem pensar na ressignificação do coletivo, das misturas das classes, dos anseios que se divergem e se conectam em objetos utilitários comuns a todos nós. Sobreposições abstratas se entendem bem com geometrismos; cores não são mais primárias; alegorias de uma vida sob a ótica do design popular imbricado ao pensamento lúdico; apenas alguns regimentos estéticos de um artista disciplinad...